Três anos depois da última festa de Corpus Christi ser celebrada na Esplanada dos Ministérios, uma multidão de mais de 60 mil fiéis voltou a se reunir no centro de Brasília para a cerimônia que relembra a instituição da Sagrada Eucaristia. A festa de Corpus Christi é celebrada pela Igreja Católica desde o século 13, dois meses depois da Páscoa. A festa ocorre em Brasília desde 1961 e na Esplanada dos Ministérios desde 1978, apenas nos últimos 2 anos não houve a grande celebração. Por causa da pandemia as solenidades foram reservados às Paróquias.
A estudante Laura Meneses, 17 anos, chegou cedo para a confecção dos tradicionais tapetes. Depois ajudou a dobrar e distribuir os folhetos da Santa Missa. As quase 12 horas de serviço valeram à pena. Integrante do Movimento Escalada de Brasília, ela disse que foi emocionante e prazeroso montar o um dos 25 tapetes por onde passaram os bispos e padres. Ela tem certeza que Deus esteve sempre dando força para conseguir terminar tudo o que tinha para fazer.
No começo da tarde, dezenas de padres atenderam as confissões dos fiéis que quiseram se preparar para receber a Eucaristia. Antes da celebração, a animação ficou por conta do Frei Flávio, do Padre Cristiano e da banda Maranata. Também houve um momento de oração e reflexão, foram lembradas as vítimas da covid -19 e como é importante a comunidade voltar a se reunir.
A Celebração Eucarística começou no fim da tarde com a procissão de entrada do clero saindo da Catedral de Brasília até o altar montado no centro da Esplanada. A missa foi presidida pelo Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar, e concelebrada pelo seu bispo auxiliar, Dom José Aparecido, e mais de 250 padres.
Dom Paulo iniciou a homilia lembrando que celebrar o Corpus Christi é manifestar publicamente a nossa fé naquilo que é o centro da nossa fé, a presença de Jesus Cristo no pão e no vinho consagrados. Que são três aspectos essenciais da Eucaristia, ela é mistério crido, mistério celebrado e mistério vivido. Por fim, o Arcebispo ressaltou que em cada Eucaristia nós fazemos memória da morte e ressurreição de Cristo e celebramos a nossa identidade de Novo Povo de Deus, uma eterna aliança.
A jornalista Lívia Vilela, 37 anos, foi um das 490 Ministro Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística, e pela primeira vez serviu na missa de Corpus Christi. Ela ficou emocionada ao ver a procissão saindo da Catedral em direção ao palco. E ressaltou que mais emocionante foi servir a Deus como Mesce, ver os olhos das pessoas brilhando ao receber Jesus Eucarístico.
Acompanhado pelo tradicional mar de velas, Dom Paulo Cezar conduziu a procissão na Esplanada dos Ministérios no papamóvel, que levava o Santíssimo Sacramento. “ Nossos corações já se encontravam ansiosos por esse momento de encontro com o Senhor e de encontro entre nós”. Durante o percurso foram concedidas três bençãos: aos enfermos, aos poderes públicos e às famílias.
A Solenidade foi organizada pela Comissão de Corpus Christi coordenada pelos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística da Arquidiocese.
Reveja a gravação da Solenidade:
Texto Pascom Brasília
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