Durante o discurso, o Pontífice recordou as fundadoras das congregações, definindo-as como “mulheres extraordinárias” que souberam se inclinar “sobre as misérias morais e materiais dos ambientes mais abandonados da sociedade” e destacou que a história desses institutos religiosos nasceu da coragem de mulheres fortes que disseram “sim” ao chamado de Deus. “Elas abriram caminho para muitas outras que, como vocês, seguindo a Cristo pobre, casto e obediente, continuaram sua obra, até mesmo no martírio”, disse. O Papa ressaltou ainda que, para estar perto dos necessitados, muitas religiosas arriscaram a vida e algumas perderam-na em meio à violência de tempos de guerra.
O Pontífice ressaltou ainda que a fidelidade da vida consagrada encontra sua força em Cristo e se sustenta na oração, nos Sacramentos e na intimidade com Deus. “Talvez alguns pensem que isso seja espiritualismo, mas o testemunho concreto das suas congregações ao longo dos séculos mostra que só foi possível pela força que vem de Deus. Somos apenas instrumentos pequenos, mas, unidos a Ele, grandes coisas acontecem”, afirmou.
Inspirando-se em Santo Agostinho, São João Paulo II e nas próprias fundadoras, o Santo Padre convidou as religiosas a permanecerem profundamente unidas a Deus e ao serviço da Igreja. Recordou nomes como Regina Protmann, Maria Gertrudes do Preciosíssimo Sangue, Maria Ana de Tilly, Santa Teresa de Ávila e os eremitas do Monte Carmelo como referências de espiritualidade e missão. “Esse é o legado que vocês receberam e que torna a sua presença tão significativa: enraizar nas almas o Reino de Cristo e difundi-lo em todas as partes da terra”, disse.
De modo especial, o Papa dirigiu palavras às Carmelitas Descalças da Terra Santa, cuja missão silenciosa se desenvolve em regiões marcadas pelo ódio e pela violência. “É importante o que estão fazendo, com a sua presença vigilante e silenciosa em lugares dilacerados pelo ódio, com o testemunho de abandono confiante em Deus e a oração constante pela paz. Através de vocês, aproximamo-nos de quem sofre”, destacou.
Ao concluir, o Papa agradeceu às religiosas pelo trabalho realizado em diferentes contextos do mundo. “Obrigado a todas vocês, irmãs, pelo bem que realizam em tantos países e realidades diversas”, disse o Papa, reforçando a proximidade da Igreja com quem entrega a vida em favor do Evangelho e da paz.
Com foto e informações do Vatican News.