Neste sábado, 29 de junho, e de festa para Igreja no mundo que honra a memória dos Santos Pedro e Paulo, o Papa Francisco rezou com os fiéis presentes na Praça São Pedro a oração mariana do Angelus. O Pontífice refletiu sobre a missão que Jesus confiou a Simão, chamado Pedro: “A ti darei as chaves do Reino dos céus” (Mt 16,19):
“É por isso que vemos frequentemente São Pedro representado com duas grandes chaves em sua mão, como na estátua que se encontra aqui nesta Praça. Essas chaves representam o ministério de autoridade que Jesus lhe confiou para servir a toda a Igreja. Porque a autoridade é um serviço, e uma autoridade que não é serviço, é ditadura.”
A missão de receber as chaves, como Pedro
No entanto, alertou o Papa, devemos ter cuidado para entender bem o significado dessa missão, que “não é a de trancar as portas da casa” e selecionar os convidados, mas dar acesso a todos – “todos, todos, todos” – ajudando a encontrar o caminho para entrar no Evangelho de Jesus. Atitudes que podem ser praticadas diariamente através, por exemplo, das virtudes:
“As chaves de Pedro, de fato, são as chaves de um Reino, que Jesus não descreve como um cofre ou um quarto blindado, mas com outras imagens: uma pequena semente, uma pérola preciosa, um tesouro escondido, um punhado de fermento (cf. Mt 13,1-33), ou seja, como algo precioso e rico, sim, mas ao mesmo tempo pequeno e discreto. Para alcançá-lo, portanto, não é necessário acionar mecanismos e fechaduras de segurança, mas cultivar virtudes como a paciência, a atenção, a constância, a humildade, o serviço.”
Essa missão de abertura e encontro com o Senhor é encarada por Pedro “ao longo de toda a sua vida, fielmente, até o martírio”, recordou o Papa, “depois de ter sido o primeiro a experimentar sobre si mesmo”. Ele “teve que se converter, e entender que a autoridade é um serviço, e não foi fácil para ele”, insistiu Francisco, explicando que “Pedro recebeu as chaves do Reino não porque fosse perfeito, não: é um pecador; mas porque era humilde e honesto” e, “confiando na misericórdia de Deus, foi capaz de apoiar e fortalecer, como lhe foi pedido, também seus irmãos (cf. Lc 22:32)”.
Reprodução do Vatican News
Imagem do Portal Divina Misericórdia