A celebração de Domingo de Ramos na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida foi presidida pelo Cardeal Dom Paulo Cezar Costa. O início da Santa Missa foi em frente à Cúria Metropolitana, local em que foram abençoados os ramos.
“A multidão aclama Jesus como rei, aclama Hosana ao Filho de Davi, Hosana ao que vem em nome do Senhor. Jesus entra em Jerusalém aclamado. Essa era a expectativa messiânica que o povo na época tinha em Jesus. Ele já tinha pregado, realizado vários milagres, manifestado a misericórdia e a bondade de Deus para com o povo. Vivamos nessa primeira parte da Liturgia aquilo que a Jerusalém daquele tempo fez, aclamando Jesus, reconhecendo que Jesus é o Filho de Deus. Nós estamos aqui hoje porque também reconhecemos que Jesus é o filho de Deus, é o tudo de nossas vidas e que sem Ele a nossa vida perde o sentido”, destacou Dom Paulo Cezar no início da celebração.
Em seguida, os fiéis seguiram em procissão até a Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, elevando os Ramos e cantando o hino “Hosana, Hei”, declarando que Jesus é o filho de Maria, é o Deus de Israel, o Filho de Davi. Santo é Seu nome, é o Senhor Deus do Universo, Glória ao Deus de Israel, nosso Rei e Salvador.
“Jesus se entrega totalmente a cada um de nós, deixando seu Corpo e seu Sangue como alimento no Mistério da Eucaristia. Observamos que Judas é um homem que viveu com Jesus, mas não adentrou a intimidade de Cristo, porque permaneceu com o coração corrupto. O ser humano não pode ter um coração corrupto. A corrupção não pode fazer parte da nossa vida. Ele entrega o Mestre com aquela que deveria ser a saudação de paz, com um beijo no rosto de Jesus. Agora, é muito importante percebermos que Pedro negou Jesus, mas ele chorou amargamente, porque ele tem um grande amor pelo Mestre, ele de fato ama Jesus, mas não é capaz de ir às últimas consequências com o Mestre, por isso ele trai Jesus. Diferente de Judas, que tramou a entrega de Jesus, Pedro se depara com a sua fraqueza e limitação, a incapacidade de ir às últimas consequências com o Mestre. Quantas vezes isso acontece também conosco? Quantas vezes nos encontramos na mesma situação de Pedro? A vida é um caminho de amadurecimento. Quem não amadurece, não entendeu o mistério da vida, mas Pedro amadurece diante das suas limitações”, salientou o Cardeal durante a homilia.