Dia do Padroeiro contou com rica programação na Basílica Santuário São Francisco de Assis

O Dia do Padroeiro foi celebrado na Basílica Santuário São Francisco de Assis, localizada na 915 norte, com uma rica programação especial, que contou com oito celebrações Eucarísticas, confissões, procissão, bênção dos animais de estimação dos fiéis e quermesse, na última sexta-feira (04/10).

A Basílica Santuário São Francisco de Assis celebrou o Dia do Padroeiro, São Francisco de Assis, com uma programação especial, que inclusive contou com o recebimento de indulgência plenária, cancelando todas as penas temporais que a alma teria de cumprir no purgatório para chegar à santificação perfeita.

As atividades começaram logo cedo, com a primeira missa às 7h. Na sequência, com celebração às 8h, 9h30, 11h, 12h15, 15h, 17h e 19h. A procissão, que teve início às 18h, saiu da 915 norte, Paróquia Nossa Senhora da Consolata em direção à Basílica.

Às 19h, A Missa Solene foi presidida por Dom Antonio de Marcos, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília. Durante a solenidade, as imagens réplica de São Francisco foram abençoadas e, logo após a Santa Missa, os fiéis participaram da Quermesse do Padroeiro, com comidas típicas, bingo, música ao vivo e muita diversão.

São Francisco, devido ao seu amor pela natureza e tudo que envolvesse o meio ambiente, é considerado padroeiro dos animais. Frequentemente foi retratado rodeado por bichos, sobretudo pássaros. Por isso, é tradicional que na festa do padroeiro muitos animais de estimação recebam a bênção.

Conheça a história de São Francisco de Assis

Nasceu em Assis, na Itália, em 1182, e recebeu no batismo o nome de João Pedro de Bernardone. Passou a ser chamado de Francisco por seu pai, rico comerciante que vendia tecidos trazidos da França, nação por ele muito admirada, passou a chama-lo Francesco.

Viveu a sua juventude em companhia de jovens alegres, festivos, ricos, aproveitando bem sua condição financeira. Defendeu sua cidade, Assis, na Batalha de Collestiada, travada contra a cidade de Perusa, e lá ficou aprisionado por vários meses. Libertado pelo pai, adoeceu e ficou recolhido por uns meses. Quando dava início à nova aventura militar, sentiu repentina crise de consciência que lhe questionava a validade das ações militares.

Francisco, como a maioria dos jovens na época, ganhava prestígio ao participar das batalhas. Ele deixou de frequentar festas, dedicou-se a caminhadas e meditações. Começou a sentir um profundo amor pelos pobres, prometendo a si mesmo nunca negar esmola a estes. Um dia, Francisco estava sem condições para ajudar um mendigo. Resolutamente, tirou seu manto novo, caro, e troco-o pelos farrapos do pobre. Dando um passeio a cavalo, aconteceu que um leproso lhe estendeu a mão, pedindo-lhe esmola. Francisco apelou, deu generosa oferta, mas, ao ver a mão do leproso, teve um arrepio de horror e nojo. Envergonhado por esta fraqueza, tomou a mão do doente e a beijou. Aos poucos foi se formando em Francisco o desejo de desfazer-se dos seus bens materiais, procurando a solidão, a oração e a penitência.

Em visita à Igreja de São Damião, Francisco ouviu vozes, ordenando que ele reconstruísse a Igreja. Decidiu abandonar a loja do pai, e este, inconformado com a resolução do filho, levou-o ao bispo para cidade, exigindo que Francisco renunciasse a todos os bens. Francisco tirou as vestes, entregou suas roupas ao progenitor, dizendo: “Até hoje vos chamei de pai, mas, de agora em diante meu único pai é o Pai nosso que está no céu, porque só nele pus a minha esperança”. Vestiu um hábito grosso (veste religiosa), cingiu-se de áspero cordão e tomou a resolução de viver em pobreza, promovendo pregações, viagens missionárias, cuidando dos doentes.

Inicialmente olhado como louco, aos poucos engajou a simpatia e admiração de muitos. Outros jovens resolveram acompanha-lo, e assim deu-se a fundação da Ordem dos Franciscanos.

O total desapego às coisas materiais resultou no enfraquecimento do corpo, sempre doente. Dois anos antes de sua morte apareceram em seu corpo sinais da paixão e morte de Cristo: chagas nas mãos, nos pés e no peito. Morreu aos 44 anos.

A devoção a São Francisco de Assis se espalhou pelo mundo, mesmo antes de sua morte, impulsionada pelas missões evangelizadoras que comandou e pela presença dos frades franciscanos em muitos países. Esse processo começou pela Europa, consolidando a veneração a ele inicialmente na França, na Alemanha e na Inglaterra. Depois da canonização, um fator que contribuiu para o aumento dos devotos foi a construção da primeira igreja em sua homenagem, a Basílica de São Francisco, em Assis, cidade onde nasceu e foi enterrado.

No Brasil, a devoção chegou com os franciscanos, que foram representantes da Igreja Católica nos primeiros cinquenta anos após o descobrimento do Brasil.

Fonte: PIMENTEL, E. A. São Francisco de Assis. Petrópolis RJ: Vozes, 2014.