Entre orações, cânticos e testemunhos de fé, a família do pequeno Gabriel foi convidada ao palco para relatar o milagre que transformou suas vidas — uma cura alcançada pela intercessão da Mãe Aparecida.
Tudo começou quando Gabriel, aos 4 anos, apresentou manchas pelo corpo e ficou todo vermelho. A princípio, os pais pensaram se tratar de algo simples. Mas os sintomas pioraram, e uma ida ao hospital revelou algo alarmante: o primeiro hemograma mostrava plaquetas extremamente baixas — apenas três mil. Os médicos suspeitaram de púrpura, mas os exames seguintes descartaram o diagnóstico. Logo surgiu o temor de algo ainda mais grave, como leucemia.
“Gabriel foi submetido a uma bateria de exames e, no Dia de Todos os Santos, realizou o mielograma. O resultado descartou o câncer, mas confirmou uma doença grave na medula óssea. A partir daí, ele passou a depender de transfusões de sangue quase diárias e ficou acamado por seis meses, impossibilitado até de brincar, para evitar qualquer infecção”, explicou Mayara Oliveira, mãe do Gabriel.
Em meio à apreensão da família, os médicos anunciaram que Gabriel precisaria de um transplante de medula. Foi então que a irmã mais nova se levantou com uma convicção firme: “Eu vou salvar a vida do meu irmão”, disse Maria Luiza do Nascimento, de 7 anos. A notícia comoveu a comunidade e mobilizou uma grande corrente de oração. Nas igrejas, nas redes e nas casas, todos rezavam pelo pequeno guerreiro.
Durante o período de internação, Gabriel viveu um momento que a família jamais esquecerá. Certo dia, ao trocar de roupa, ele olhou para a porta e disse à mãe: “Mamãe, tá vendo aquela mulher ali na porta?”
“Não, filho, não tem ninguém”, respondeu ela. “Tem sim, mamãe. É Nossa Senhora.”
O menino descreveu a aparição com serenidade e fé. Disse que era Nossa Senhora Aparecida, e desde então passou a conversar com ela em suas orações, chamando-a de “bonequinha linda”.
O transplante foi realizado em 16 de dezembro, e, ao contrário do que os médicos previam, Gabriel não sofreu os efeitos esperados da quimioterapia. “Ele não sentiu dores, não teve febre, e se manteve alegre durante todo o tratamento. As outras crianças estavam mal, mas o Gabriel sorria e dizia que Nossa Senhora estava com ele”, recorda a mãe do menino.
Em um dos momentos delicados, quando quase deixou cair o celular, Gabriel sorriu e disse: “Não caiu, mamãe. Nossa Senhora segurou.”
“Hoje, o menino está 100% curado, voltou à escola e leva uma vida normal. Um testemunho vivo de fé e gratidão que transformou a vida da nossa família”, destacou Cleverson Carlos de Pinho.
“Eu salvei a vida do meu irmão”, disse Maria Luiza. Com um sorriso tímido, a pequena doadora contou o que sentiu ao descobrir que seria a responsável por dar nova vida ao irmão: “Fiquei muito feliz, porque eu ia salvar a vida do meu irmão.”
E Gabriel concluiu: “Ela era linda. Era Nossa Senhora Aparecida.”
Na Esplanada, onde milhares de corações se uniram em oração, o testemunho dessa família do Gama, que frequenta a Paróquia Imaculada Conceição, lembrou a todos que a fé continua operando milagres. Sob o olhar terno da Mãe Aparecida, o impossível se torna possível, e o amor de Deus se manifesta nas pequenas e grandes histórias daqueles que confiam.