Em sua reflexão, o Pontífice destacou a família como “canto silencioso de esperança” e lembrou que a missão da Igreja e das instituições é fortalecer tudo aquilo que favorece a vida familiar.
Logo no início, o Papa afirmou que viver a sinodalidade em família significa “caminhar juntos”, partilhando alegrias e tristezas, dialogando com respeito e aprendendo a escutar. “As decisões importantes precisam ser tomadas em conjunto, num verdadeiro espírito de comunhão”, disse.
Leão XVI recordou o significado bíblico do Jubileu como tempo de retorno às origens, à justiça e à misericórdia de Deus. Convidou as famílias a refletirem sobre as próprias raízes: a fé transmitida pelos pais, a oração perseverante das avós e a vida simples que sustentou gerações. “Em Cristo, encontramos a verdadeira alegria: a alegria de estar em casa, no lugar a que pertencemos”, afirmou.
O Papa destacou que o Jubileu da Esperança é um caminho rumo ao encontro com Deus, capaz de renovar o olhar das famílias diante das tentações de confiar apenas em seguranças humanas.
O Pontífice advertiu para as ameaças à dignidade da família, como a pobreza, a falta de trabalho e de acesso à saúde, os abusos contra os mais vulneráveis, a migração forçada e as guerras. “Cabe às instituições públicas e à Igreja buscar caminhos de diálogo e fortalecer os elementos que sustentam a vida familiar e a educação”, sublinhou.
Para ele, a família deve ser vista como dom e tarefa, chamada a exercer corresponsabilidade e protagonismo na vida social, política e cultural. “Em cada filho, esposa ou esposo, Deus nos confia a missão de sermos Igreja doméstica e testemunhas de seu amor no mundo”, disse.
Inspirando-se em São Paulo VI, Leão XVI recordou a Sagrada Família de Nazaré como modelo de vida cristã: silenciosa, laboriosa e fiel à oração. Ressaltou que a família, fortalecida pelos sacramentos, deve irradiar o amor de Deus e a alegria do Evangelho, tornando-se fonte de esperança para todos.
Ao concluir, o Papa fez um apelo para que as famílias se deixem contagiar pela alegria do Cristo Ressuscitado, como os discípulos após a Páscoa. “Que as nossas famílias sejam esse canto de esperança que difunde a luz de Cristo até os confins da terra, para que nenhuma periferia seja privada da sua luz”, afirmou.
Com foto e informações do Vatican News.