A obra, publicada no dia 18 de setembro pela Penguin Perú, revela reflexões do Pontífice sobre paz, diálogo, sinodalidade e os desafios sociais e eclesiais de nosso tempo.
Leão XIV reafirma que a paz é “a única resposta” diante dos conflitos que assolam o mundo, como a guerra na Ucrânia. Para o Santo Padre, é urgente que a comunidade internacional pressione as partes em conflito a dizerem “agora chega” e buscarem caminhos alternativos de reconciliação. “Tenho grande confiança na natureza humana”, disse o Papa, ressaltando que, apesar das tentações e de atores nocivos, a humanidade possui valores que podem superar ódios e violências.
O Pontífice manifestou preocupação com o declínio do multilateralismo, afirmando que as Nações Unidas perderam parte de sua capacidade de reunir os povos. Denunciou também o “abismo crescente” entre ricos e trabalhadores, citando a disparidade salarial de CEOs e operários e as projeções de fortunas trilionárias. “Se este for o único valor em nossa sociedade, estamos em um grande problema”, alertou.
Ao falar sobre a vida da Igreja, destacou a sinodalidade como antídoto às polarizações: “É a forma de viver juntos, de rezar, refletir e decidir em comunhão. Não é uma perda de autoridade, mas a busca por sermos Igreja de todos e com todos”. Para Leão XIV, essa experiência eclesial pode oferecer lições valiosas também ao mundo contemporâneo.
O Papa comentou ainda sua dupla identidade cultural – estadunidense e peruana – e compartilhou uma nota mais leve ao falar da Copa do Mundo de 2026. “Provavelmente torcerei pelo Peru, por laços afetivos, mas também pela Itália. Como Papa, sou torcedor de todos os times”, disse com bom humor.
Com foto e informações do Vatican News.