A canonização, impulsionada pelo testemunho da Ação Católica da Itália, Espanha, Argentina e outros movimentos, celebra um jovem que viveu intensamente o Evangelho. Frassati chamou a vida de “alegria pelas dores” e escolheu servir a Cristo entre os pobres e marginalizados. Em seu funeral, foi acompanhado não por autoridades, mas por uma multidão anônima de pobres que revelaram à família a dimensão silenciosa de sua caridade.
Segundo Lorenzo Zardi, da Ação Católica Jovem, Frassati não foi um filantropo, mas alguém que viveu a fé de forma concreta: engajado politicamente pelo bem comum, próximo dos trabalhadores, apaixonado pela Eucaristia e firme na justiça social. Sua espiritualidade unia oração e ação, fé e compromisso social. “A preparação para sua canonização foi um treino do coração”, afirma.
Para Agnese Palmucci, de Roma, ele é o “Santo da segunda-feira”: alguém que mostra como viver a santidade nos dias comuns. “Não se trata de otimismo vazio, mas de uma alegria profunda, fruto da intimidade com Deus e da caridade escondida”, explica.
Frassati resistiu ao fascismo, indignou-se com a injustiça, mas manteve os olhos “voltados para o alto”. Na Argentina, a Ação Católica preparou podcasts e semanas de testemunhos; na Espanha, jovens celebram seu exemplo como universitário e cristão engajado. “Ele nos mostra como ser luz no meio acadêmico e social, mesmo em ambientes adversos”, dizem os líderes juvenis.
Seu legado continua a inquietar: ele não falava de paz em teoria, mas a construiu com gestos concretos, oferecendo sua vida como resposta ao sofrimento humano. Como escreveu: “A cada dia me convenço mais de quanto sofrimento existe no mundo. Mas se Deus estiver no centro das nossas ações, tudo é possível”.
Frassati é, portanto, mais do que um Santo para os altares: é um convite permanente a viver a fé com alegria, coragem e responsabilidade. Um jovem que nos desafia a dizer “sim” a Deus e aos outros, todos os dias, mesmo quando a esperança parece distante.
Com foto e informações do Vatican News.