Na manhã desta segunda-feira (13), o Seminário Maior Nossa Senhora de Fátima celebrou com fé e devoção a festa de sua Padroeira. A Santa Missa foi presidida por Dom Antonio Aparecido, Bispo Auxiliar de Brasília, e concelebrada por Dom Adair Guimarães, Bispo Diocesano de Formosa, junto a sacerdotes do clero da Arquidiocese.
Durante a homilia, Dom Antonio destacou a figura de Maria como Mãe e intercessora. Segundo ele, o “sim” de Maria deve inspirar todo filho de Deus a viver em entrega e doação total. “Nela, temos o modelo de vida espiritual: a que tudo guardava e meditava. Assim também deve ser todo vocacionado, sacerdote, diácono, bispo e todo o povo de Deus — viver um caminho espiritual de meditação e reflexão na Palavra e nos acontecimentos, para que, no silêncio do coração, possamos contemplar a belíssima certeza da presença de Jesus em nossa vida”, afirmou.
Ao comentar a passagem do Livro do Apocalipse, Dom Antonio destacou que Maria é aquela “revestida do sol”, que possui a vida e pertence a Deus. “Tem os pés sobre a lua, já alcançou a eternidade. É vitoriosa, traz uma coroa com doze estrelas, representando as doze tribos de Israel e os doze apóstolos — sinal da Igreja revestida da graça, do amor e da glória de Deus, redimida em Cristo Jesus.”

Dom Antonio fez uma reflexão sobre a presença de Maria nas Bodas de Caná.
“Ela nos aponta para aquele que é a verdadeira fonte da paz, da vida em plenitude. Por isso, somos chamados a olhar para a Virgem de Fátima e escutar: ‘Fazei tudo o que Ele vos disser’. Se assim fizermos, não faltará o vinho bom, símbolo do amor, da alegria, da vida e do perdão. Quando falta o vinho, é sinal de que nossos corações se tornaram como talhas vazias — frias, endurecidas, indiferentes a Deus e à fé. Precisamos nos encher do Espírito de Deus, que devolve o sentido e a beleza da vida.”
Devoção
A devoção a Nossa Senhora de Fátima nasceu das aparições marianas ocorridas em 1917, na aldeia de Fátima, em Portugal. Entre maio e outubro daquele ano, a Virgem Maria apareceu a três crianças pastoras — Lúcia, Francisco e Jacinta — e transmitiu mensagens sobre oração, penitência e conversão.
As aparições ocorreram na Cova da Iria e culminaram no chamado “Milagre do Sol”, presenciado por milhares de pessoas em 13 de outubro. Em suas mensagens, a Virgem Maria pediu a consagração do mundo ao seu Imaculado Coração e alertou para os perigos que ameaçavam a humanidade, caso não houvesse arrependimento e retorno sincero a Deus.
Reconhecida oficialmente pela Igreja, a devoção a Nossa Senhora de Fátima se espalhou pelo mundo. Ela se tornou um dos títulos marianos mais venerado pelos católicos, como sinal de esperança, paz e intercessão materna.











