Dom Antonio de Marcos, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília, exorta os arquidiocesanos a participarem desse momento em favor da vida e pede para que convidem outras pessoas a se unirem nesta importante expressão pública em defesa da vida.
“Quero convidar você e todos de sua família, amigos e vizinhos, tementes a Deus, a participarem da 17ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida e da 1ª Marcha Distrital da Cidadania pela Vida. É do conhecimento de todos que na Sagrada Escritura há o texto bíblico onde vimos o chamado de Jeremias ao seu ministério profético em que diz ‘Antes que no seio de sua mãe fosses formado, eu te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado, e te havia designado profeta das nações’. (Jr 1, 5). Vida sim, aborto não! Venha participar e convide outras pessoas para estarem unidas a nós neste momento tão importante”, frisa o Bispo.
O evento que tem total apoio da Arquidiocese de Brasília e de outras doutrinas religiosas, é promovido pelo Movimento apartidário e suprareligioso Brasil sem Aborto. O Assessor Eclesiástico do Setor Vida e Família da Arquidiocese de Brasília, padre João Baptista Mezzalira, ressalta a importância de os fiéis participarem dessa manifestação pública em favor da vida.
“Caminhamos de forma pacífica. As pessoas podem levar seus filhos pequenos e as gestantes podem participar, levando faixas que expressem o nosso desejo de Vida sim, aborto Não! Pelas duas vidas, da mãe e da criança! É importante que este evento aconteça durante a semana, pois no fim de semana o Congresso está fechado e, assim, as autoridades que nos apoiam naquele momento não poderiam participar do evento. Então, a gente realiza a marcha durante a semana, pois mesmo com um número inferior de pessoas participando, porque estão trabalhando, a marcha tem mais efeito cívico do que se fosse com uma grande multidão no fim de semana. Temos que fazer esses atos de manifestação popular para que a nossa voz seja ouvida, a voz da maioria dos brasileiros que é contra a legalização do aborto”, explica o padre João Baptista Mezzalira.
Esse ano, a Marcha que tem como tema central “A Marcha pela Vida inicia na fecundação!”, além de solicitar a pauta permanente de aprovação do “Estatuto do Nascituro” (PL 478/2007), que tramita na Câmara dos Deputados desde março de 2007, pedindo que o aborto seja considerado um crime hediondo, para que sejam assegurados os direitos dos bebês ainda por nascer, destacando que há a dignidade do ser humano desde a fecundação até a morte natural, a manifestação pública pede às autoridades que seja aprovado o Projeto de Lei 1.096/2024, que proíbe o procedimento de assistolia fetal em casos de aborto previstos em lei.
“É importante dizer que no Brasil, não existe aborto legal. Em certos casos, o aborto por lei é permitido, como em gestação decorrente de estupro, casos de anencefalia ou em gestações em que existe o risco de morte da gestante. Nos ambientes acadêmicos e nas grandes mídias, as pessoas costumam dizer que nesses casos o aborto é legal no país. Isso é uma falácia. O aborto continua sendo crime em todo e qualquer caso, segundo a nossa Constituição. O que há é uma despenalização, ou seja, a pessoa que comete este crime, nessas circunstâncias específicas, não é presa, mas não deixa de ter cometido um crime. Historicamente, as tentativas de legalização do aborto no Brasil estão imitando casos que aconteceram nos Estados Unidos e na Europa, justamente por haver um grande interesse por parte dessas nações, uma pressão internacional, que é pautada pela agenda 2030. A ONU proclama essa agenda como um projeto global, onde se considera que o Brasil está atrasado, porque ainda não aprovou a legalização do aborto. Há um grande financiamento de nações em campanhas pela legalização do aborto no Brasil para pressionar as autoridades brasileiras. Esse grupo acredita que se o Brasil legalizar o aborto, provavelmente outros países da América Latina farão o mesmo. Então, os brasileiros têm essa missão de defender a vida humana desde a fecundação, não permitindo que seja legalizado o aborto em nosso país”, finaliza o padre.