O Pontífice também falou sobre sua espiritualidade e sobre o momento de sua eleição no Conclave. Ao agradecer aos profissionais de imprensa, afirmou que “Gostaria que transmitissem esta mensagem aos outros jornalistas… Todos vocês merecem um forte aplauso por esta viagem.”
Questionado sobre a possibilidade de uma paz duradoura na região, o Papa foi firme dizendo que: “Acredito que uma paz duradoura é possível.” O Santo Padre explicou que o Vaticano atua de forma discreta. “Nosso trabalho não é algo público… fazemos nos bastidores para convencer as partes a abandonarem as armas e buscarem a mesa do diálogo.”
Sobre a mensagem recebida do Hezbollah, confirmou que “Há da parte da Igreja a proposta de que deixem as armas e busquem o diálogo.”
Ao comentar sua eleição, o Papa revelou que não esperava esse caminho. “Há um ou dois anos, pensava em me aposentar um dia.” Disse que o momento decisivo foi de entrega total. “Eu me rendi quando vi como as coisas estavam indo e disse: ‘Eis-me aqui, Senhor, Tu és o chefe, Tu guias o caminho’.”
O Pontífice recomendou aos jornalistas um livro que expressa sua espiritualidade — A Prática da Presença de Deus, de Irmão Laurence — afirmando que sua vida sempre foi marcada por confiar plenamente no Senhor.
Sobre o risco de escalada no conflito entre OTAN e Rússia, o Papa disse que a Santa Sé insiste no diálogo e no cessar-fogo. Destacou ainda a importância europeia. “A presença da Europa é importante… Penso que o papel da Itália pode ser muito importante.”
Viagens futuras e a situação na Venezuela
O Papa Leão XIV confirmou a intenção de visitar a África, mencionando especialmente a Argélia e os lugares ligados a Santo Agostinho. Também manifestou o desejo de ir à América Latina, embora sem datas definidas.
Quanto à crise na Venezuela, o Papa disse: “Estamos procurando uma maneira de acalmar a situação, buscando acima de tudo o bem do povo, porque nessas situações quem sofre é o povo.”
Sobre a relação com o Islã e testemunho do Oriente Médio, respondendo sobre o temor de alguns europeus em relação ao Islã, o Santo Padre explicou: “Uma das grandes lições que o Líbano pode ensinar é que o diálogo e a amizade entre muçulmanos e cristãos é possível.”
Ao refletir sobre seu lema In Illo Unum, o Pontífice reforçou a importância da unidade. “A unidade, a amizade, a comunhão são extremamente importantes e preciosas… Quanto mais promovemos o diálogo, mais deixamos de lado as armas, a desconfiança e o ódio.”
Confira a entrevista concedida pelo Santo Padre durante o voo no vídeo abaixo:
Com foto, vídeo e informações do Vatican News.
