O Papa Leão XIV definiu o tema do XXXIV Dia Mundial do Enfermo, que será celebrado em 11 de fevereiro de 2026: “A compaixão do samaritano: amar carregando a dor do outro”. A escolha foi anunciada na sexta-feira (26/09) pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, ressaltando que o verdadeiro amor se manifesta na atenção concreta ao próximo, sobretudo aos que sofrem por causa da doença, da pobreza, do isolamento e da solidão.
Ao apresentar a temática, o Dicastério recordou que Jesus Cristo é o Bom Samaritano que se aproxima da humanidade ferida, derramando, através dos sacramentos, “o óleo da consolação e o vinho da esperança”. Assim como na parábola do Evangelho, a compaixão cristã não se reduz a palavras, mas se concretiza em gestos de cuidado, proximidade e solidariedade.
Durante homilia em julho, Leão XIV enfatizou que a humanidade ainda enfrenta a dor, a pobreza e a morte, mas que Deus, em Jesus, veio ao nosso encontro para curar nossas feridas:
“Misericórdia e compaixão são características de Deus. Crer n’Ele significa deixar-se transformar para ter um coração que se comove, um olhar que não ignora, mãos que socorrem e ombros que carregam o peso dos necessitados.”
O Pontífice também destacou a necessidade de aprender a “ver com os olhos do coração”, em oposição à indiferença retratada na parábola, quando o sacerdote e o levita passam adiante sem ajudar o homem caído. Para o Papa, o verdadeiro discípulo é aquele que se deixa tocar pela dor do outro e se envolve em sua situação.
Na Audiência Geral de 28 de maio, Leão XIV aprofundou a reflexão sobre o samaritano do Evangelho, lembrando que ajudar exige envolvimento real: “Se você quer ajudar alguém, não pode pensar em manter distância; é preciso se envolver, se sujar, talvez até se contaminar.” O Papa ressaltou ainda que o samaritano cuidou das feridas, levou o homem consigo e se responsabilizou por suas despesas, mostrando que o outro não é um pacote a ser entregue, mas alguém a ser cuidado.
O Papa alertou para a pressa que muitas vezes domina a vida moderna e nos impede de sermos compassivos: “Quem pensa que sua viagem deve ser prioritária não está disposto a parar para o outro.” Por isso, a celebração do Dia Mundial do Enfermo em 2026 será um convite a redescobrir a compaixão como centro da vida cristã, reconhecendo no rosto do homem ferido cada pessoa que sofre e em quem Cristo se faz presente.
Com foto e informações do Vatican News.
