Dom Ricardo Hoepers, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Brasília e Secretário-Geral da CNBB, acolheu o grupo, destacando a relevância deste momento de afastamento temporário das atividades do dia a dia para que cada um possa dedicar-se com exclusividade ao encontro com Deus e a recuperar as energias para melhor cumprir a missão.
“Quando começamos o retiro, geralmente não estamos entusiasmados”, disse Dom Denilson Geraldo, S.A.C, ao iniciar a primeira meditação, ressaltando que fazer um retiro espiritual é um ato de fé, pois “É Deus quem nos convida e nós vamos por obediência”, afirmou.
Para embarcar nesse percurso de fé, Dom Denilson delineou duas posturas essenciais: o silêncio material e o silêncio espiritual, frisando que apenas no verdadeiro silêncio se torna possível escutar a voz de Deus, pois o silêncio não se trata apenas da ausência de palavras, mas de uma receptividade para ouvir a voz do Espírito Santo.
“O retiro não é um momento para intuições belíssimas e grandes pensamentos, mas de encontro amigável e amoroso com Deus. É o encontro de duas pessoas, no qual uma delas – Deus – vai falar. É importante silenciar interiormente a alma para deixar Deus falar”, explicou.
Dom Denilson reforçou que a morte de Jesus não marca o fim, pois a terceira fase do Evangelho de Marcos começa com a proclamação da Ressurreição de Jesus e sua ida à Galileia, precedendo os discípulos (16,6-7). “É no sepulcro vazio que os leitores de Marcos tomam o lugar dos primeiros seguidores de Jesus e passam a ser as principais personagens no drama de seu Evangelho (16,8). É quando seu Evangelho termina que Marcos desafia os leitores da maneira mais dramática a responder a Jesus em suas vidas com confiança. A terceira etapa do Evangelho de Marcos continua na vida da Igreja, até que o Senhor ressuscitado volte”, finalizou.
(Com informações da CNBB)