“Somos a igreja de Deus e a vinha do Senhor” foi o tema central da Santa Missa celebrada no quinto dia da Novena em honra a Nossa Senhora Aparecida. A celebração foi presidida pelo padre João Baptista Mezzalira, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Esperança, localizada na Asa Norte, que compartilhou com os fiéis uma história pessoal do carinho e da proteção de Nossa Senhora Aparecida para com ele, ainda no ventre de sua mãe.
“É com muita alegria que celebro essa Santa Missa na casa da Mãe, onde fui ordenado Há 17 anos. Presidir a Santa Missa na Catedral alegra o meu coração ao perceber a fidelidade de Deus e a proteção da Virgem Maria sobre o meu Ministério. A minha mãe conta que a minha vida é uma graça concedida por Nossa Senhora Aparecida. Quando estava grávida, já quase no sexto mês de gestação, minha mãe estava fervendo leite em casa. Ao se virar com a leiteira na mão, ela perdeu o equilíbrio e caiu no chão. Para não cair de barriga, ela se segurou com as mãos e o leite fervendo foi todo no corpo dela, o que causou muitas queimaduras. Foi um acidente que deixou todos muito assustados, pois eu parei de me mexer no ventre. Naquele momento, ela disse algumas coisas para Nossa Senhora Aparecida, que até hoje ela não me contou exatamente o que foi. Ela só me contou essa história quando terminou a festa da minha ordenação sacerdotal, pois não quis que eu me sentisse pressionado em minha decisão vocacional. Fiquei muito emocionado quando escutei essa história, porque percebi que o Senhor colocou a sua Mãe Aparecida na minha vida desde sempre para me guiar e proteger”, contou.
Durante a homilia, padre João Baptista destacou a importância de todos amarem Nossa Senhora como a vinha que gerou o fruto mais doce, que traz para toda a humanidade um vinho novo, que precisa ser anunciado e vivido no dia a dia.
“A virgem Maria é aquela que nos trouxe a alegria do vinho novo. Ela vê na voz profética da Igreja e testemunha. O mundo está perdendo a alegria, os valores estão sendo trocados. Tenta-se executar uma vida inocente, segundo a ADPF 442, até a 12ª semana de gestação, mas se esta lei passa, sabemos das brechas que incluem essa tentativa de legalizar o aborto também em períodos posteriores, chegando até ao infanticídio. Este mundo que não tem mais vinho é chamado a encontrar no nosso testemunho o vinho novo. O vinho que Cristo nos traz. Transformando a nossa água em vinho e o nosso coração muito precário, às vezes endurecido pelos sofrimentos, em um coração capaz de amar, de perdoar, de gestar dentro de nós este fruto doce que é o homem novo, à imagem de Jesus Cristo”, destacou o padre João Baptista na homilia.