Ao saudar os superiores e membros presentes, o Pontífice destacou o valor do discernimento comunitário, a riqueza da vida consagrada e a importância de permanecer atentos às necessidades do próximo.
Inspirando-se na exortação de São João Paulo II sobre a vida religiosa, o Papa ressaltou que o testemunho dessas Congregações reflete a multiplicidade de dons do Espírito Santo, concedidos a fundadores e fundadoras capazes de interpretar os sinais dos tempos. Citou exemplos históricos, como Santa Brígida de Jesus Morello, promotora da educação feminina no século XVII; São Gaspar del Búfalo, que difundiu a devoção ao Sangue de Cristo em Roma; Jean-Claude Colin, que inspirou os maristas na França; e os Frades Franciscanos da Imaculada, fundados na década de 1990 seguindo o carisma franciscano.
A partir dessa herança, Leão XIV destacou três aspectos essenciais: a vida em comum, a obediência e a atenção aos sinais dos tempos. A vida comunitária, disse, é fonte de santificação e força missionária, onde “a energia do Espírito que está em um passa a todos”. A obediência, por sua vez, não é perda de liberdade, mas ato de amor que gera maturidade, fidelidade e capacidade de viver relações duradouras. “Professada e vivida com fé, a obediência é escola de liberdade no amor”, sublinhou.
Por fim, o Papa ressaltou a necessidade de permanecer atentos às necessidades concretas dos irmãos, como fizeram os fundadores das Congregações, que se arriscaram por amor a Deus e ao próximo. Recordar a memória viva desses inícios, explicou, não significa nostalgia, mas reencontrar a centelha inspiradora para fecundar o presente com novos frutos.
Leão XIV concluiu agradecendo aos religiosos pelo trabalho silencioso realizado em todo o mundo: “Um bem muitas vezes desconhecido aos olhos dos homens, mas sempre visto por Deus”. E encorajou-os a prosseguir sua missão “com fé e generosidade”.
Com foto e informações do Vatican News.