Nesta edição, o encontro conta também com a participação de colaboradores tanto dos regionais quanto da sede, que atuam em diferentes áreas da Conferência. Na abertura, os participantes puderam se apresentar e partilhar suas expectativas.
O subsecretário-geral da CNBB, Padre Leandro Megeto, destacou o desafio permanente de integrar a dinâmica pastoral, movida pelo impulso do Espírito e pela criatividade, com as exigências administrativas da instituição. “A pastoral é dinâmica, enquanto a administração exige cuidados e obrigações específicas. O desafio é unir esses dois mundos com leveza e compreensão das realidades tão diversas do nosso país.”
O subsecretário de pastoral, Padre Jânison de Sá, reforçou a importância do encontro presencial para consolidar vínculos e favorecer a troca de experiências. “Precisamos fortalecer esse trabalho em rede. O encontro presencial nos aproxima e nos faz compreender que nosso trabalho é fundamental para o processo de evangelização.”
As atividades tiveram início com a apresentação do secretário-geral da CNBB e Bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília, Dom Ricardo Hoepers, que retomou aspectos históricos da Conferência. O Bispo lembrou que a CNBB foi fundada em 1952, durante o pontificado de Pio XII, com a contribuição de monsenhor Giovanni Battista Montini — futuro Papa Paulo VI — e de Dom Helder Câmara. Na época, a sede funcionava no Palácio São Joaquim, no Rio de Janeiro.
Dom Ricardo recordou que outras conferências episcopais já existiam antes da brasileira, como as da Alemanha, Suíça, França, Canadá e Itália, e destacou o papel fundamental dos Bispos na condução das Dioceses e na promoção da comunhão doutrinal e pastoral no âmbito nacional.
“Somos a sexta conferência do mundo em história e expressão”, afirmou, ressaltando que hoje a CNBB é a maior conferência episcopal do mundo em número de membros. Atualmente, são 492 Bispos — 320 titulares e 172 eméritos — distribuídos em 280 circunscrições eclesiásticas.
Em sua exposição, o secretário-geral apresentou ainda números que evidenciam a amplitude da presença católica no país, que conta com mais de 200 milhões de habitantes, dos quais 56,7% se declaram católicos.
No panorama vocacional, Dom Ricardo destacou que a Igreja no Brasil possui mais de 15 mil padres diocesanos e mais de 6 mil religiosos, somando mais de 22 mil presbíteros em atuação. Há ainda 2.073 membros de institutos seculares, cerca de 8 mil seminaristas e mais de 4 mil irmãos religiosos.
A estrutura eclesial é igualmente expressiva: mais de 12 mil Paróquias, 280 Catedrais, 71 Basílicas e dois Santuários reconhecidos como nacionais — o Santuário de Nossa Senhora Aparecida (SP) e o Santuário de São José de Anchieta (ES). Dom Ricardo afirma que essas estatísticas demonstram a responsabilidade da missão evangelizadora da Igreja no Brasil e reforçam a importância da articulação entre a sede e os regionais da CNBB.
O Bispo também mencionou dioceses atualmente vacantes, como Guajará-Mirim (RO), União da Vitória (PR), Rubiataba-Mozarlândia (GO), Sorocaba (SP), Teixeira de Freitas/Caravelas (BA) e a Eparquia Armênia.
Durante a manhã, a assessoria jurídica da CNBB realizou uma apresentação voltada ao uso de imagens e aos direitos autorais de fotografias.
No período da tarde, os secretários executivos visitaram o prédio das Edições CNBB para conhecer os processos editoriais e os projetos em andamento. Em seguida, a Assessoria de Comunicação (Ascom) apresentou a Campanha para a Evangelização, incluindo sua identidade visual e os enfoques pastorais planejados para o próximo ciclo.
O encontro segue até quinta-feira, 27 de novembro, com momentos de partilha, apresentações setoriais e encaminhamentos comuns que buscam fortalecer a unidade e a missão evangelizadora da Igreja no Brasil.
Com foto e informações da CNBB.