Na manhã desta sexta-feira (8), o Papa Leão XIV presidiu sua primeira Missa na Capela Sistina, concelebrada com todos os membros do Colégio Cardinalício. O Sumo Pontífice havia sido anunciado no início da tarde de quinta-feira, diante da multidão de fiéis reunida na Praça de São Pedro.
No início da homilia, proferida em inglês, repetiu as palavras do Salmo responsorial: “Cantarei um cântico novo ao Senhor, porque Ele fez maravilhas”. Em seguida, saudou os cardeais:
“E, de fato, não apenas comigo, mas com todos nós. Meus irmãos cardeais, ao celebrarmos esta manhã, convido-os a refletir sobre as maravilhas que o Senhor fez, as bênçãos que o Senhor continua a derramar sobre todos nós por meio do Ministério de Pedro. O Senhor me chamou para carregar essa cruz e realizar essa missão, e sei que posso contar com cada um de vocês para caminhar comigo, continuamos como Igreja, como uma comunidade de amigos de Jesus, como fiéis para anunciar a Boa Nova, para anunciar o Evangelho.”
Ao continuar a homilia em italiano, o Papa Leão XIV meditou sobre a profissão de fé de Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16), e ressaltou que esta verdade constitui o núcleo da fé cristã, transmitida ao longo dos séculos pela sucessão apostólica. Inspirado na Gaudium et spes, afirmou: “O Filho de Deus se revela a nós através dos olhos confiantes de uma criança”, e apresentou Jesus como modelo de santidade.
O Papa afirmou sua missão como “um fiel administrador a favor de todo o Corpo místico da Igreja”, encarregado de servir para que a Igreja seja “cidade colocada sobre o monte, arca de salvação, farol que ilumina as noites do mundo”, não pelo esplendor das suas estruturas, mas “pela santidade dos seus membros”.
Ele refletiu sobre os desafios da fé no mundo atual e alertou para os contextos onde “a fé cristã é considerada algo absurdo, destinada a pessoas débeis e pouco inteligentes”, e onde muitos reduzem Jesus a “um líder carismático ou super-homem”, até mesmo entre os batizados. Diante disso, reforçou: “Somos chamados a testemunhar a alegria da fé em Jesus Salvador”, principalmente onde há crises de sentido, perda da misericórdia e sofrimento humano.
Citando Santo Inácio de Antioquia, recordou: “Serei verdadeiro discípulo de Jesus, quando o meu corpo for subtraído à vista do mundo”, e concluiu reafirmando seu desejo de doar-se inteiramente: “Desaparecer para que Cristo permaneça, fazer-se pequeno para que Ele seja conhecido e glorificado”, confiando sua missão à intercessão de Maria, Mãe da Igreja.
Com informações e foto do Vatican News