O encontro ocorreu em um estábulo, símbolo da humildade e fragilidade de Jesus, onde os pastores encontraram o poder de Deus que salva a humanidade: “os pastores aprendem que, num lugar muito humilde, reservado aos animais, nasce o Messias tão esperado e nasce para eles, para ser o seu Salvador, o seu Pastor”, destacou o Pontífice.
“Caros irmãos e irmãs, bom dia! No nosso percurso jubilar de catequeses sobre Jesus, que é a nossa esperança, hoje nos detemos no evento do seu nascimento, em Belém. Agora tomo a liberdade de pedir ao sacerdote, ao leitor, que continue lendo, porque eu, com a minha bronquite, ainda não posso. Espero que da próxima vez eu possa”, explicou o Santo Padre.
O texto, que deu continuidade à reflexão sobre “Jesus Cristo, nossa esperança”, foi lido pelo Padre Pierluigi Giroli, funcionário da Secretaria de Estado.
O Filho de Deus entra na história sujeito a inúmeros contratempos, tal como nós. Por causa de um recenseamento, ainda no ventre da Virgem Maria, Jesus teve de viajar de Nazaré a Belém. Como destacou o Papa, “o tão esperado Messias, o Filho do Deus Altíssimo, deixa-se recensear, isto é, contar e registrar, como qualquer outro cidadão”. Em Belém, completaram-se os dias do parto para Maria, e Jesus nasceu.
No entanto, por não haver lugar para Ele na hospedaria, Jesus nasceu em um estábulo e foi colocado em uma manjedoura. “O Filho de Deus não nasce num palácio real, mas nos fundos de uma casa, no espaço onde estão os animais”, comentou Papa Francisco. O evangelista Lucas mostra, assim, “que Deus não vem ao mundo com grandes proclamações, não se manifesta em clamor, mas inicia o seu caminho na humildade”.
Os primeiros a visitá-lo foram os pastores, homens de pouca cultura, “malcheirosos devido ao contato constante com os animais”, que viviam “à margem da sociedade”. Eles souberam acolher o anúncio dos anjos e, por isso, tornaram-se as primeiras testemunhas da boa notícia do nascimento do Salvador, que veio para todos. Como exortou o Papa, devemos identificar na humildade e fragilidade de Jesus o poder de Deus que salva a humanidade:
“Os pastores aprendem assim que, num lugar muito humilde, reservado aos animais, nasce o Messias tão esperado e nasce para eles, para ser o seu Salvador, o seu Pastor. Uma notícia que abre os seus corações à admiração, ao louvor e ao anúncio alegre. Ao contrário de tanta gente ocupada a fazer muitas outras coisas, os pastores tornam-se as primeiras testemunhas do essencial, isto é, da salvação que nos é oferecida. São os mais humildes e os mais pobres que sabem acolher o acontecimento da Encarnação. Irmãos e irmãs, peçamos também a graça de sermos, como os pastores, capazes de nos maravilharmos e louvarmos diante de Deus, e capazes de salvaguardar aquilo que Ele nos confiou: os nossos talentos, os nossos carismas, a nossa vocação e as pessoas que Ele coloca ao nosso lado”, frisou o Papa.
“Peçamos ao Senhor que saibamos discernir, na fraqueza, a força extraordinária do Menino Deus, que vem renovar o mundo e transformar a nossa vida com o seu projeto cheio de esperança para toda a humanidade”, finalizou o Santo Padre.
Com informações e foto da matéria de Andressa Collet – Vatican News.